quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
BAHUNAI.
REVISTA DE LITERATURA.
JOÃO AYRES.
Sou João Ayres, poeta, contista,romancista, cantor e compositor de samba de raiz, jazz e blues. Comigo é preto no branco e nada mais tenho a dizer.
Publicados serão aqui textos que passarem pelo meu crivo, além dos meus evidentemente.
A revista tem o nome que tem pelo fato de ter o nome que tem.
Não tenho a mínima ideia acerca do motivo pelo qual escolhi o referido.
BAHUNAI, BAHUNAI, BAHUNAI.
Saudações a todos.
Eu mesmo.
Poemas de João Ayres:
h) eu engulo manhãs começando)
com letra minúscula este poema desgraçado)
vertido em gotas de angústia e mais angústia e mais angústia)
quando atiro pérolas aos porcos de ocasião.
Eu vejo agora o que vejo)
Quando me contraio inserido no substantivo caixote)
Apodrecido em fruta de coloração estranha)
Aprisionado no estômago de qualquer assassino indiferente.
98
Parênteses foram feitos para)
Não terem razão de)
Ele foi à festa,mas em função do, diga-se de passagem(----)
Não pôde com acento diferencial ser condecorado.
() Foram agora espremidos desta forma)
Por motivo definitivamente ignorado)
Em compre isto ou aquilo no estabelecimento mais(p-------)
E morra mais uma vez de mãos atadas.
8898989
PROSA POÉTICA TORPE E DESNATURADA.
Quero no verbo querer comer alguma coisa E já passa-das---E afinal não há nada para se comer nesta ca----) e assim vou andando de um lado para o outro craseado em -----procura de algo que possa ser literalmente tragado passando pelo meu esôfago e se alojando por algum tempo em meu estômago e encontrando no verbo encontrar o tal intestino neste algo que será eliminado algum tempo depois,
E eu que sei que tenho uma velha intimidade com aquela latrina que fica sem tampo ou literalmente de boca aberta aguardando as tais fezes daquele strogonoff de primeira ingerido no tal hotel e daquela macarronada que não é e nunca foi esposa do macarronado com molho de tomate importado e mais aquele queijo quente que me conduz ao purgatório----- em quer beber um pouco mais e a tal urina que se mistura à tal água daquela latrina e a tal descarga ou flush no correspondente inglês que manda tudo para o esgoto pressionada pelo dedo de.
IMAGEM
ORIGEM DA PALAVRA IMAGEM
Imagem que deriva do latim imago e que significa a representação visual de uma pessoa ou de um objeto. Em grego antigo corresponde ao termo eidos, raiz etimológica do termo idea ou eidea, cujo conceito foi desenvolvido por Platão.
Catacumbas |
Floresta Hoia-Baciu |
7878787878
TRANSFORMAÇÃO, MINDSHIFT.
São tantas horas nesta casa e estou sentando no sofá. Ligo o abajur e me ponho-me a ler.
Simples assim?
Não, trata-se de um ato fundamentalmente revolucionário indo contra este estado de ignorância que assola o mundo.
Não nego mudanças e entendo o fato de que somos movidos pela virtualidade das imagens, parece ser este o futuro.
O que me causa surpresa é o fato de que as pessoas não tenham consciência de que a velocidade dessa torrente de informações possa obliterar sobremaneira o funcionamento do cérebro.
O ato de sentar-se em silêncio, sem a parafernália tecnológica que leva à constante distração, representa a possibilidade de desaceleração da mente e de um encontrar-se consigo mesmo através da leitura que por sua vez favorece à criação de imagens mentais.
Cada vez mais as tais imagens virtuais farão parte de nossas vidas e temos que ter discernimento em relação à exposição às mesmas para que não nos tornemos autômatos sem capacidade de escolha.
Ler é o o melhor caminho
O poeta sugere:
- Nelson Rodrigues – Romance Casamento
- Luis Alfredo Garcia-Roza – O silêncio da chuva
- A inatingível curva da Miragem – Paulo de Carvalho
- Desato-Viviane Mosé
- Conspiração de Nuvens – Lygia Fagundes Telles
- Enterro do Lobo Branco – Márcia Barbieri
- Ménage à Trois – Daniel Guaccaluz
- Linho de Urtigas – Isabela Fernandes
- Lynn Margulis – O Planeta Simbiótico
- Gaia – Uma teoria do conhecimento
- Do Exercício de Viver – Goiamério Felício
- Eu e outras poesias – Augusto dos Anjos
- George Iso – IRONIA Poemas relatos
- Aristófanes – As Nuvens
- Aristófanes – As Aves.
HISTÓRIA EM QUADRINHOS SEM QUADROS.
PERSONAGENS ENVOLVIDOS.
TRAVESSÃO
VÍRGULA
PONTOS EM GERAL.
Capítulo 1000
Olá travessão, tudo bem?
Mais ou menos, estou farto de ter que começar sempre algum diálogo. Queria ser um ponto final em tudo.
Ora, não pense desta forma, você está sempre começando alguma fala, não há tanta rotina assim em sua vida.
Certamente que sim, mas prefiro colocar um ponto aqui.
Ora travessão, veja que tudo tem que ser como tem que ser.
Olhe ponto, você termina as coisas e eu começo tudo de novo.
Não, na verdade nós começamos tudo e terminamos tudo e começamos e terminamos e estamos condenados a ser assim e acabou, por favor conforme-se.
Mas...é que se eu começasse uma sentença qualquer com um ponto de exclamação ou de interrogação, o que adviria daí, indago.
Bem, minha sobrevivência ficaria definitivamente comprometida, disse o ponto.
ROBERTO PIVA - POEMA PORRADA
ROBERTO PIVA - POEMA PORRADA
Eu estou farto de muita coisa
não me transformarei em subúrbio
não serei uma válvula sonora
não serei paz
eu quero a destruição de tudo que é frágil:
cristãos fábricas palácios
juízes patrões e operários
uma noite destruída cobre os dois sexos
minha alma sapateia feito louca
um tiro de máuser atravessa o tímpano de
duas centopeias
o universo é cuspido pelo cu sangrento
de um Deus-Cadela
as vísceras se comovem
eu preciso dissipar o encanto do meu velho
esqueleto
eu preciso esquecer que existo
mariposas perfuram o céu de cimento
eu me entrincheiro no Arco-Íris
Ah voltar de novo à janela
perder o olhar nos telhados como
se fossem o Universo
o girassol de Oscar Wilde
entardece sobre os tetos
eu preciso partir um dia para muito longe
o mundo exterior tem pressa demais para mim
São Paulo e a Rússia não podem parar
quando eu ia ao colégio Deus tapava os ouvidos para mim?
a morte olha-me da parede pelos olhos apodrecidos
de Modigliani
eu gostaria de incendiar os pentelhos de Modigliani
minha alma louca aponta para a Lua
vi os professores e seus cálculos discretos ocupando
o mundo do espírito
vi criancinhas vomitando nos radiadores
vi canetas dementes hortas tampas de privada
abro os olhos as nuvens tornam-se mais duras
trago o mundo na orelha como um brinco imenso
a loucura é um espelho na manhã de pássaros sem Fôlego.
Tânatos - Paulo de Carvalho
Perene!
Cortesã das noites e mantos. Cantos e sopros brilham as eternidades; irresistíveis negros de teus véus. Senhora dos céus e fios — finos e tênues silêncios entre as cores e húmus.
Perene!
Indelével nas danças – harmonia ao lúdico dos jogos. Faceira, tramas em compassos teus ritos solenes. Dama eterna dos joios e trigos e mostos ao gozo dos pastos... logos & cálices.
Perene!
Inconteste das lidas cruzadas – soberana nas fainas, revigoras as chamas nas hastes extintas. Refulgente e bela ao coro-sopro dos Verbos.
Perene!
Indissoluta és nos lumes e gumes — luzente nos breus. Irônica e plena à sedução dos lábios. Calores incisos em ranhuras nas pedras... beijas os sopros à resta do frio.
Perene!
Incólume dançarina entre pêndulos e areias. Ápice do não nas ofertas, consagram-te — enigmas perpetuados à sina; morrer-te quereres.
Perene!
(Kyrie, Biblioteca 24x7, São Paulo, 2009)
PRÓXIMA EDIÇÃO - MARÇO -2019
sábado, 23 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
café e nada
e nada e nada manhã, caneta e caneca
café e mais o leite
e o pão umedecido por esta mistura maligna
o tal pão ingerido
no ventre de toda e qualquer angústia
desfiada em qualquer coisa qualquer para o almoço
em nome de um deus ou de qualquer outro demônio
rico em vitamina A.
2 desespero de coisas abertas)
como latas de cerveja ou de salsicha)
irei fragmentado até a aldeia tal)
e morrerei lambendo a cara de um cachorro)
sou ou estou latas de lixo e detritos na boca de)
eu como agora as vísceras de um tempo escarnecido.l
poemas do desespero prescritivo-joão ayres.
e nada e nada manhã, caneta e caneca
café e mais o leite
e o pão umedecido por esta mistura maligna
o tal pão ingerido
no ventre de toda e qualquer angústia
desfiada em qualquer coisa qualquer para o almoço
em nome de um deus ou de qualquer outro demônio
rico em vitamina A.
2 desespero de coisas abertas)
como latas de cerveja ou de salsicha)
irei fragmentado até a aldeia tal)
e morrerei lambendo a cara de um cachorro)
sou ou estou latas de lixo e detritos na boca de)
eu como agora as vísceras de um tempo escarnecido.l
poemas do desespero prescritivo-joão ayres.
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